Sintaesa realiza assembleias nas empresas do Grupo Águas do Xingu para discutir o vale alimentação
Nos dias 11 e 13 de janeiro, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Saneamento Ambiental de Mato Grosso (SINTAESA – MT), realizou Assembleia nas empresas do Grupo Águas do Xingu de Campo Verde, Primavera do Leste, Sinop e de Sorriso. As assembleias foram conduzidas pelo presidente do SINTAESA – MT, Ideueno Fernandes de Souza,
As Assembleias tiveram como objetivo debater com os trabalhadores das empresas do grupo a proposta sobre o vale alimentação de R$ 285,00. Em todas as assembleias realizadas os trabalhadores rejeitaram a proposta e aprovaram uma contra proposta à empresa referente ao valor do vale alimentação.
A proposta aprovada em todas as assembleias foi de que a empresa passe a pagar a titulo de vale alimentação o valor de R$ 350,00 retroativo à novembro/2015 deixando para a empresa estipular um prazo para se equiparar os vales alimentação do vale pago nas empresas de saneamento de Barra do Garças que é de R$ 450,00. Lembrando, ainda, que nos demais grupo econômico que operam as concessões em Mato Grosso praticam valor do vale alimentação superior à R$ 470,00.
Em todas as assembleias, os trabalhadores ficaram indignados com a proposta apresentada pelo empresa. Os trabalhadores manifestaram a sensação de impotência e se revoltaram diante da situação, pois não acham justo receber a menos já que o trabalho executado é o mesmo trabalho realizado nas empresas do Grupo que recebem o valor maior de vale de alimentação.
Durante os debates, os trabalhadores apontaram dificuldades nas futuras negociações de acordo coletivo das empresas do grupo em Mato Grosso. Eles visualizam que a empresa sempre tentarão ofertar aos trabalhadores apenas a correção da inflação uma vez que o grupo possui empresa de saneamento muito pequena como é o caso da cidade de Pedra Preta e Poconé e que índices muito alto de reajustes podem afetar os contratos de concessão,
O presidente do Sindicato lembrou aos trabalhadores que a empresa adquiriu as concessões, principalmente, sabendo que o serviço de saneamento no estado está municipalizado, ou seja, cada município é responsável por decidir como deve tocar seu serviço de saneamento. Com isso, Mato Grosso tornou-se um estado com grande potencial para as concessionárias privadas de serviços de saneamento. Mas para continuar expandindo suas operações as empresas precisam ter em seu currículo várias operações para poder demonstrar capacidade técnica no serviço em nossa região e assim poder concorrer à eventuais licitações desse serviço no estado.
“Portando as empresas mesmo que pequenas provavelmente fazem parte de uma estratégia de expansão do negócio em Mato Grosso, não tendo os trabalhadores que se preocupar com questões estratégicas de grupo até porque não temos acesso à elas”, explicou o presidente do Sindicato.
Os trabalhadores ainda questionaram o Sindicato se havia forma ou maneira de pressionar a empresa. O presidente informou que o sindicato tem chamado as rodadas de negociações na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Cuiabá e protocolou pedido de mediação no Ministério Publico Federal do Trabalho em Mato Grosso, porém, ainda nenhuma audiência foi marcada. Sindicato informou que poderá instaurar processo de dissídio coletivo de trabalho onde um juiz do trabalho fica responsável por julgar o mérito da questão.
“Mas, a principal maneira de manifestar, definitivamente, o descontentamento com relação a falta de avanço da empresa no acordo coletivo é com a paralisação. O direito de greve é garantido pela constituição brasileira”, frisou Ideueno Fernandes de Souza.
Os trabalhadores também aprovaram que o Sindicato irá apresentar a proposta à empresa e que os trabalhadores passarão a avaliar a possibilidade de paralisação caso não haja avanços na próxima negociação referente ao período 2016/2017, tendo em vista que a data base da categoria é 01 de maio de 2016.
