Apesar de não ter até o momento apresentado ações visíveis em Cuiabá, a RK Partners que tem até o dia 31 de maio para assumir o controle da CAB Cuiabá, afirma que mantêm firme interesse na concessionária. O prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) chegou a afirmar durante entrevista semana passada que está pronto para decretar a caducidade do contrato com o consórcio Águas de Cuiabá (RK Partners) e chamar nova licitação para concessão do serviço de água e esgoto na Capital.
A empresa alega que mantêm inclusive conversação com Pinheiro para iniciar as atividades, tanto que os representantes estão na Capital. O esperado é que R$ 1,12 bilhão seja investido pela empresa nos próximos cinco anos. A assessoria de comunicação informou que desde novembro quando o Termo de Ajustamento de Conduta foi firmado para a concessão, tem trabalhado para até 31 de maio entrar em plena atividade. Para isso alega que contratou uma consultoria norte-americana a CH2M para elaborar o plano e dar suporte a RK Partners. “Se tudo correr bem até o dia 31 de maio a empresa assumirá a gestão. Se isso vai ser possível, estamos trabalhando para acontecer”, confirmou a assessoria.
Dos R$ 204 milhões emergenciais previstos para serem aplicados em 18 meses, a R.K Partners confirma que já começou inclusive a fazer o plano de investimento. Para o bairro Parque Cuiabá, por exemplo, serão R$ 47 milhões para captação. No Ribeirão do Lipa serão R$ 27 milhões em investimento na distribuição de água. “O nível inicial e emergencial de orçamento é de R$ 204 milhões que inclusive estão contratados com os bancos que eram credores da CAB e que hoje também são acionistas, o Banco Bradesco, o BNDES e o Banco Votorantim”, confirmou a assessoria.
A empresa confirma que vem tratando o assunto com seriedade e que a ação não tem chegado ao conhecimento, pois os trabalhos estão sendo realizados às portas fechadas. Quanto as pretensões, a RK Partners avalia ainda assumir todas as empresas que estão sob a gestão do Grupo Galvão.
A RK Partners é uma empresa de São Paulo (SP), e ganhou o prazo de 180 dias para assumir o controle da CAB Cuiabá, que continua sob a intervenção da Prefeitura Municipal. Sob o comando da RKP, a companhia passará a se chamar Grupo Iguá – Águas de Cuiabá.
Em 18 meses, a empresa terá que investir emergencialmente R$ 204 milhões. Para a entrada da RKP, a saída encontrada pelo município foi a alteração de cláusulas do contrato, consequentemente, a troca do controle acionário da CAB Ambiental, com a saída amigável do Grupo Galvão, que controla a CAB Cuiabá e que está em recuperação judicial. No final de novembro, o então prefeito Mauro Mendes (PSB) anunciou que a RK Partners ficaria com controle da CAB Cuiabá. O novo contrato estabelecia que se não for assumida em 180 dias, a caducidade do contrato será automática.
FICA OU NÃO FICA – Na entrevista no mês passado o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro confirmou que o novo grupo deve cumprir o plano municipal de saneamento básico, em elaboração pela Prefeitura, que prevê investimento inicial de R$ 204 milhões nos próximos 18 meses para poder começar a operar. “Se essas empresas não se apresentarem comprometidas por escrito com esse plano de saneamento básico, que a Prefeitura está elaborando e que vai indicar onde vão ser os investimentos, que deverá ter um desembolso inicial de R$ 204 milhões em 18 meses, eu vou decretar a caducidade do contrato, vou reassumir o sistema, vou chamar uma nova licitação nacional”, disse o prefeito.
Pinheiro reforçou ainda que o município não tem condições nem capacidade de investimento de mais de R$ 1 bilhão que é preciso para universalizar o saneamento básico, por isso a necessidade da concessão. “Eu estou pronto para fazê-la caso essa nova empresa não venha para Cuiabá no tempo hábil, no prazo que é 30 de maio e publicamente e oficialmente assuma o compromisso comigo, com a Prefeitura municipal e, evidentemente, com a sociedade cuiabana”, afirmou o prefeito. (AA)
Diário de Cuiabá