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Tragédias anunciadas: Fórum divulga Relatório de Direitos Humanos e da Terra 2015

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O Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso (FDHT-MT) divulgou esta semana a edição 2015 do Relatório Estadual dos Direitos Humanos e da Terra. Os textos são resultados das denúncias de conflitos e mortes no campo e foram construídos coletivamente por sujeitos, movimentos sociais e por instituições vinculadas as questões.
O documento apresenta um panorama dos Direitos Humanos e da Terra historicamente infringidos pelo poder político, econômico que se imbrica com a propriedade privada.

Traça um histórico do processo de ocupação territorial do estado de Mato Grosso em seus aspectos políticos, normativos e econômicos passando pela discussão detalhada sobre a terra do ponto de vista da ocupação, da função social sem descurar sobre uma discussão de gênero.

De acordo com os organizadores do relatório, os conflitos em torno da disputa por terra e pela qualidade da água se estabelecem em função da concentração e das racionalidades como sustentáculo do capitalismo gerando mercantilização dos bens comuns como a água e a própria terra transformados em hidronegócio e agronegócio.

São tragédias pré-anunciadas, afirma o professor da Universidade Federal de Mato Grosso, (UFMT), Luiz Augustos Passos, “Ao lermos, também neste ano, as tragédias e vê-las anunciadas nos relatórios de 2011 e 2013, e saber que elas não precisariam ter ocorrido, nos mortifica. Sabia-se antes quais os alvos, como também raramente se ignora pessoas e grupos que promovem o constrangimento, ameaças, execuções e extermínio. As pessoas ameaçadas careceram da mediação do Estado Político, de cuja sociedade são parte e têm direitos”, escreve o professor no prefácio do documento.

Os organizadores ainda afirmam no relatório, que mesmo com o não reconhecimento dos direitos indígenas e dos grupos vulneráveis, das denúncias processos de degradação socioambiental que atingem povos e comunidades tradicionais seja por intrusão dos territórios, seja pelo uso excessivo e imprudente de agrotóxicos em todo o estado de Mato Grosso, ainda assim, algumas comunidades apresentam experiências exitosas de viabilidade de manejos sustentáveis como a agroecologia.

Acesse o relatório completo

Fonte – CUT MT

 

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